Se você está precisando reparar sua massa muscular, a dica é adotar uma alimentação com menos açúcar. Pelo menos é o que garante um grupo de pesquisadores da Universidade Metropolitana de Tóquio, no Japão. O estudo divulgado recentemente mostra que as células de satélite musculares esqueléticas, fundamentais para a reparação muscular, proliferam melhor em ambientes com baixa glicose.
O processo ajuda não só a reparar danos, mas também a manter a massa muscular. Entender como a perda muscular por doença, inatividade ou idade ocorre e como lidar com os mecanismos específicos envolvidos são desafios constantes para os médicos. Com as atividades do dia a dia, os músculos se reparam continuamente para mantê-los em condições de atividade ideal.
Nos últimos anos, os cientistas começaram a entender como funciona este reparo muscular em nível celular e descobriram que as células satélites musculares esqueléticas, um tipo especial de célula-tronco, são particularmente importantes. Quando as células de miofibra são danificadas, as células satélites se multiplicam e se fundem, ajudando na reparação muscular.
Neste estudo recente, os cientistas de Tóquio estudaram como estas células se multiplicam fora do corpo e notaram que níveis mais altos de glicose têm efeito adverso na taxa em que crescem. O curioso é que a afirmação vai contra as teorias mais antigas, que afirmam que as células mamíferas se saem melhor onde existe mais açúcar.
A equipe observou, também, que os níveis de açúcar utilizados em experimentos anteriores coincidem com os encontrados em diabéticos. Isso pode explicar por que a perda de massa muscular é vista em pacientes com a doença e ter implicações significativas para manter os músculos saudáveis por mais tempo.
Fonte: Medical Press